terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Animais de circo

No seu meio selvagem e de acordo com as suas características fisiológicas e psicológicas, os ursos usados nos circos nunca andariam de bicicleta, os babuínos nunca montariam póneis, os tigres e leões nunca passariam por ente arcos em chamas e os elefantes nunca andariam apenas em duas patas. Na verdade, as actuações dos animais em circos apresentam uma visão distorcida da vida selvagem.


Os animais são sempre representados como caricaturas de humanos sendo ridicularizados. Impõem-lhes uma vida de encarceramento em condições miseráveis e de condicionamento e treinos onde estão sempre presentes maus tratos, cujo objectivo é leva-los a executar as actuações que lhes são mais estranhas.

Muitos dos animais que são usados nos circos foram violentamente capturados no meio selvagem, tendo as suas famílias sido mortas para esse fim. Outros foram comprados a jardins zoológicos, de onde também são separados das suas famílias. A lição mais importante que os animais aprendem desde bebés nos circos é que, se desobedecerem, serão castigados.

Durante todas as suas vidas, tigres, leões, elefantes, ursos, chimpanzés, babuínos, zebras, camelos, girafas, póneis, cavalos, cães e outros animais, vêem os seus momentos de descanso permanente em jaulas pouco maiores do que os próprios animais, momentos esses que são apenas interrompidos por sessões de treino em que o espancamentos, o uso de barras de metal, de aguilhões-gancho e de chicotes e a electrocussão são os meios de os humanos conseguirem o que querem. A violência e o medo fazem parte do dia-a-dia destes animais tudo só para entreter o humano.
Na nossa opinião, criminoso não é só aquele que mata, mas aquele que age contra a lei, e sujeitar animais a estes maus tratos, é ser criminoso.

A prepósito ontem o PS (Partido Socialista) rejeitou o projecto-lei do PCP (Partido Comunista Português), BE (Bloco de Esquerda) e d’Os Verdes que visava proibir a utilização de animais nos circos. Bons são aqueles que ainda acham que este país vai a algum lado. Resta-nos esperar que os humanos se tornem realmente animais racionais.

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