“Imagine que acabou de comer uma enorme refeição. Sente-se cheio, a transbordar. Logo a seguir é obrigado a repetir outra igual, não aguenta mais. Mas a seguir vem outra igual e depois outra... Sente-se inchado, a rebentar. A agonia é tremenda, não consegue mexer-se e muito dificilmente consegue respirar.
Este é o terrível tratamento por que passam os patos e os gansos para a produção do patê de foie gras.”
Liga Portuguesa dos Direitos do Animal
Foie Gras significa fígado gordo. Trata-se de um aperitivo largamente consumido e apreciado. O acto gravemente condenável reside na produção deste alimento, na tortura por que passam milhares de aves para obter um simples aperitivo.
Na sua maioria patos e gansos são super alimentados com o intuito do seu fígado aumentar sete vezes o seu tamanho normal.
Estes animais são inicialmente criados soltos, forçados a alimentarem-se somente de amido o que por si só faz aumentar o peso do fígado em 50%.
Os derradeiros 12 a 15 dias dos patos e os 15 a 18 dias nos gansos são passados a ingerir obrigatoriamente grandes quantidades de comida.
Estes animais são alimentados seis vezes por dias (patos) e oito vezes (se se tratarem de gansos).
Por estes animais já não conseguirem comer, os alimentos são introduzidos por um tubo de 20 a 30cm de comprimento.Devido à fragilidade do animal, se este processo for mal feito, o esófago é corrompido levando assim à sua morte. Também por contracções do esófago pela constante vontade de vomitar, ou por se debater contra a introdução de um elemento estranho no seu corpo, patos e gansos podem morrer asfixiados. Durante este processo, o animal sofre dolorosas infecções criadas pela introdução forçada do tubo, e a sua alimentação descontrolada cria graves doenças digestivas que podem ser mortais.
Por esta altura o animal mal se mexe, respira com extrema dificuldade e possui o corpo totalmente deformado. O seu fígado já tem sete vezes o tamanho normal.
Por esta altura o animal mal se mexe, respira com extrema dificuldade e possui o corpo totalmente deformado. O seu fígado já tem sete vezes o tamanho normal.
Se esta tortura continuasse, os animais certamente morreriam. Contudo a hora da matança antecipa-se ao funcionamento natural do animal. As diversas aves são levadas para a sala de matança, muitas já chegam moribundas e outras nem sobrevivem até lá.
Depois de os animais mortos, o fígado é retirado, cozinhado e servido numa das mais variadas mesas de todo o mundo. Por entre sorrisos e gargalhadas, o fígado super gordo e doente, de um pato ou de um ganso, é ingerido sem ninguém dar conta do prévio sofrimento que estes animais sofreram.
Se ainda assim se sentir em condições de uma excelente refeição, mesmo que esta lhe traga graves problemas de colestrol, ou outras doenças que podem afectar o seu corpo, não hesite:
Terrine de foie gras
Ingredientes
• 800g de foie gras de pato fresco
• 12g de sal
• 3g de pimenta-branca
• 5 cl de conhaque
• 5 cl de vinho do Porto
Modo de preparo
• Colocar o foie gras dentro da água com um pouco de sal na geladeira – um dia antes.
• Tirar o foie gras da água e deixar amolecer por uma hora e meia
• Separar as duas partes do foie gras ao meio
• Abrir os lóbulos para tirar as veias sem quebrar em pedacinhos
• Temperar com sal e pimenta
• Juntar o conhaque e o vinho do Porto
• Juntar os dois lóbulos de novo
• Colocar dentro de uma fôrma de porcelana (terrine). Fechar com papel-alumínio
• Colocar no forno em banho-maria a 190 graus por 11 minutos
• Tirar do forno.
• Prensar com um peso.
• Colocar na geladeira.
• Degustar no dia seguinte.
• Cortar em fatia. Servir em um prato gelado acompanhado de salada, figo, etc.
"Enfim..." é a primeira coisa que nos vem a cabeça ao ver este tipo de práticas de produção, e só depois começamos realmente a pensar na babaridade que isto verdadeiramente é, e não estamos a incentivar o não consumo de carne porque a carne é vulgarmente considerado um alimento de primeira necessidade, faz parte do ciclo natural da vida, o que condenamos aqui é o sofrimento e o aspecto hediondo em que tudo isto é feito. Não basta matar o animal e comê-lo mas também "vamos empaturrar patos até ao seu limite e vamos vender os seus figados bem gordos e digeri-los com prazer" é isto que passa na cabeça das pessoas que produzem estes "alimentos" e sinceramente achamos que quem pensa assim só pode ser psicopata, bem ao estilo de Hannibal Lecter. Acusações a parte, o nosso objectivo com este e outros artigos deste tipo é demonstrar que tais práticas deveriam deixar de existir, se querem criar animais para carne, tudo bem, carne é um alimento essencial, mas pelo menos mostrem dignidade pelas espécies que comemos e dêem-lhes o seu tratamento devido, ao consumidor apelamos que não consumam este tipo de produtos, so esse acto já é um modo de manifestar o seu desagrado com estas práticas. Relembramos que todos nós vivemos num único planeta, habitado não so por humanos mas também por varias espécies, espécies essas que merecem respeito como qualquer outro humano e por isso tratem do planeta como a vossa própria casa.
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